Além disso, o promotor pediu a fixação de prazo para que a população se adeque à regra, o que foi acatado pela Justiça. “Trata-se de uma norma que visa preservar a segurança do condutor da moto e da própria população”, esclareceu o juiz Holídice Barros, ainda segundo a nota da AMMA.
Contra a campanha do membro do MP e a decisão da Justiça, motoqueiros decidiram realizar, nesta terça-feira, um protesto, interditando a via que interliga os municípios de Arame e Buriticupu.
O juiz Holídice Barros e o promotor Carlos Róstão, ao se deslocarem de Grajaú para a realização de audiências em Arame, foram hostilizados pelos manifestantes. Após constatarem que só havia um policial na cidade, eles solicitaram ao comandante do Batalhão de Grajaú que enviasse reforço, seguindo para Arame apenas dois policiais e uma viatura.
Apesar da presença dos três policiais, o clima continuava tenso em Arame. O juiz e o promotor foram então aconselhados pelos policiais a deixarem a cidade, pois estes não tinham condições de garantir a segurança. O caso já foi relatado pela Associação dos Magistrados (AMMA) à Presidência do Tribunal de Justiça.
“O que aconteceu hoje no município de Arame foi uma afronta ao Estado do Direito, com a vitória da barbárie em detrimento da lei”, avaliou Gervásio Protásio Santos, presidente da Amma.