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12 novembro 2014

Operação da Polícia Federal fecha bingo 'Piauí Cap'



A Polícia Federal deflagrou na madrugada de hoje quarta-feira (12) a Operação Trevo com o objetivo de desmontar uma quadrilha de lavagem de dinheiro que agia em 13 estados. A ação é conduzida pela equipe da PF em Pernambuco, onde funcionava a sede da empresa que comandava o esquema nacional. No Piauí mandados de busca e apreensão acontecem na sede do Piauí Cap, localizado na Avenida Frei Serafim, Centro de Teresina. Ao todo, 12 mandados de prisão temporária, 24 de prisão preventiva, 57 de busca e apreensão e 47 mandados de sequestro de valores, como de bens de imóveis e veículos de luxo estão sendo cumpridos.
A operação acontece simultaneamente em Pernambuco, Alagoas, Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Segundo a Polícia
Federal, a organização criminosa é suspeita também pelas práticas do jogo do bicho, distribuição de máquinas caça níqueis e até emissão de bilhetes de loteria como título de capitalização.
Para a polícia, a organização criminosa operava por meio de loterias estaduais, cujos valores arrecadados eram repassados às entidades filantrópicas de fachada, fazendo com que o dinheiro ilícito retornasse ao grupo em um procedimento suspeito com fortes indícios de lavagem de dinheiro.
A PF afirmou ainda que o grupo tem sede em São Paulo e era responsável por oferecer máquinas caça níqueis a Pernambuco, outros estados e até mesmo no exterior. No esquema de lavagem de dinheiro, a organização criminosa usava de fachada a empresa Ativa Brasil, que fazia com que o dinheiro retornasse para o grupo.
O advogado do Piauí Cap, Igor Martins, acompanhou a ação policial e negou qualquer participação do grupo em esquemas de lavagem de dinheiro.
O ramo da organização criminosa era movimentar dinheiro ilegalmente e estima-se que milhões de reais tenham sido desviados.

Os investigados podem responder pela prática de crime de contrabando, crime contra o sistema financeiro nacional, jogos de azar e lavagem de dinheiro. Somando as penas podem passar dos 30 anos. Cerca de 300 policiais participam da operação.


O funcionário público Francisco Gomes da Silva, apostador do Piauí Cap, compareceu à sede do título de capitalização  à procura de informações sobre o dinheiro que investiu na empresa. Insatisfeito, ele afirmou que quer receber o seu dinheiro de volta. "Toda semana eu compro cartelas do Piauí Cap. Essa semana mesmo eu comprei duas. E ninguém sabe de nada. Eu quero receber o que está com eles", desabafou.
Além do apostador, a sede do Piauí Cap também recebeu a visita da oficial de justiça Maria Antônia Carvalho Rodrigues. Ela foi encarregada de entregar um mandado judicial aos diretores da empresa.
Segundo a oficial de justiça, o mandado exige o cumprimento de uma decisão que foi expedida pela 6ª Vara Cível do Tribunal de Justiça e assinada pelo juiz Reginaldo Pereira Lima de Alencar, corregedor geral da Central de Mandados. "Não sei o teor da decisão, mas com certeza algo não está sendo cumprido", resumiu a oficial.