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27 outubro 2011

Amadeu Campos fala pela 1ª vez e avisa: "Vou voltar a andar"



Na primeira entrevista após o acidente automobilístico, o jornalista Amadeu Campos, revelou na tarde de hoje que está mais “próximo de Deus” e garantiu: “vou voltar a caminhar”.  Ao ser entrevistado pelo jornalista e amigo Elivaldo Barbosa, Amadeu Campos falou do dia do acidente e anunciou que irá ao hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, para iniciar tratamento para voltar a caminhar.
“Vou voltar a caminhar. Eu sei que não é em uma semana, um mês, mas acredito que vou voltar a caminhar. Sei que tudo é dúvida, a lesão na coluna precisa se estabilizar, mas a medicina está evoluída e há possibilidades”, afirmou.


Amadeu Campos iniciou a entrevista agradecendo a sua família que acompanha diuturnamente na sua luta. Agradeceu também a Liana Aragão, sua noiva, o médico Jacinto Lay, que fez a cirurgia e o considerou como “um craque” da medicina. O jornalista agradeceu ainda os médicos Alcenor e José Cerqueira, além de Jesus Tarja e Jesus Filho, diretores da TV Cidade Verde.
Agradecimento especial
“Não posso deixar de agradeceu a meu pai. Ele não está mais aqui, está no céu, mas sei que nos momentos mais agudos de todo esse problema ele estava comigo. Obrigado pai”, revelou Amadeu Campos.
Sobre o acidente
O apresentador da TV Cidade Verde contou, pela primeira vez como aconteceu o acidente. “Eu estava no banco de trás do carro e como o veículo capotou eu fui projetado pelo vidro traseiro do passageiro”, conta.
Amadeu aproveitou a situação para alertar a população sobre os riscos do trânsito. “Eu tive sorte de sobreviver. Eu estava sem cinto. As vezes, por ir no banco de trás, a gente descuida. Se eu estivesse de cinto nada disso teria acontecido”, alerta.
Problemas de saúde
“Meu ombro direito foi ‘amassado’ e reconstruído através de cirurgias. Tive 9 costelas quebradas e uma perfuração no pulmão que colocou minha vida em risco. Mas o pior problema foi a lesão na medula cervical que me deixou sem movimentos da cintura para baixo”, relembra Amadeu Campos.
Tratamento 
O apresentador do Jornal do Piauí revelou que está e viagem marcada para Brasília. Lá ele fará tratamento de reabilitação no hospital Sarah Kubitschek e promete voltar a TV Cidade Verde já no ano de 2012, para reassumir seu programa.
“Eu vou voltar a andar, só não sei quando. A medicina tem evoluído muito. Os médicos estão esperando a lesão equilibrar para fazer avaliação mais precisa. Enquanto isso, terei que me adaptar a essa situação que me encontro”, explica Amadeu.
Rotina
A recuperação do jornalista passa por uma rotina de tratamento. Ele fez fisioterapia duas vezes por dia e afirmou que está tomando “remédios demais”. “A maioria do tempo eu fico deitado. Ainda sinto muitas dores nas costas. No resto do tempo, eu rezo. O acidente me fez me aproximar muito de Deus”, confidencia.   
Medo
Amadeu Campos revelou qual seu maior medo. “Eu temia ficar dependente dos outros, mas Dom Augusto veio me visitar e me ensinou que ninguém é totalmente independente. Todo mundo depende de alguém pra alguma coisa. Agora, eu quero ajudar com a minha influência quem eu puder. O mundo não é feito por cadeirantes. Na minha casa eu encontro dificuldades. Tenho portas que não comportam a minha cadeira de roda”, revela o apresentador.
Pior momento
Questionado quando foi o pior momento enfrentando durante esse período de recuperação, o apresentador deu uma verdadeira lição de vida. “O pior momento eu não estava consciente. Foi quando eu tive o pulmão perfurado. Depois eu acordei e começaram os questionamentos. Mas fiquei foi feliz com a nova oportunidade que Deus me deu. Foi um renascimento”, conta.
Mensagem
“Um dos fatores que não me permite desistir é o carinho que eu tenho recebido de todo mundo. Tanto dos que são meus amigos e como dos que não me conhecem. Logo depois da cirurgia eu ficava pensando porque isso aconteceu comigo. Depois passei a me perguntar ‘para que’ isso aconteceu e fiquei mais conformado. Agora, quero que, mesmo como cadeirante, ter uma vida independente. Não vai ser nada fácil, mas todo mundo tem suas dificuldades para superar”, disse Amadeu.
Lívio Galeno, Caslos Lustosa Filho e Yala Sena