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16 novembro 2011

corpo do fotógrafo Delson é encontrado em matagal na zona Sudeste de Teresina

 A retirada do corpo do fotógrafo Delson Castelo Branco, encontrado no início da tarde desta quarta-feira (16) embaixo de uma ponte que liga os bairros Tancredo neves e Dirceu, zona Sudeste de Teresina, provocou um congestionamento na BR 343.

Fotos: Evelin Santos
Momento da retirada do corpo.

Por volta das 15h de hoje, as equipes de resgates conseguiram trazer a superfície a moto que era conduzida pelo fotógrafo, desaparecido desde o dia 15 de outubro de 2011. Delson foi visto com vida pela última vez em posto de combustível na zona Sudeste.

A moto do fotógrafo, modelo Yamaha 600 cilindradas, placa NIC-7283, estava próxima ao corpo, que estava em estado de putrefação avançado, ainda com o capacete na cabeça. O veículo estava a cerca de 10 metros do corpo.

Registro da moto de Delson.

Nas proximidades do cadáver, também foi encontrado um aparelho de telefone celular. A polícia vai investigar se o dispositivo pertencia a Delson Castelo Branco. Os documentos do comunicador também foram encontrados no local.

A esposa do fotógrafo esteve no local e aparentava muito nervosismo. Ela saiu do local sem falar com a imprensa.

Esposa de Delson.

Segundo o advogado da família de Delson, Sâmio Falcão, o sepultamento do corpo será realizado ainda nesta quarta-feira, em local e data ainda não decididos. O bacharel acompanha o corpo no IML.

Três primos de Delson também foram ao local: João Mendes, Helder de Alencar e Assis Silva. Eles revelaram que a família está muito abalada e Delson sempre foi muito tranquilo. "Ele não era de beber muito. Acreditamos na hipótese de acidente, ele não tinha inimizades, mas continuamos acreditando que o acidende pode ter sido criminoso", disse João Mendes.

Para o delegado Carlos Cézar existem outras hipóteses para a morte do fotógrafo, além da de acidente, "Não vamos interrromper as investigações, mas a tese do acidente é a mais condizente", explicou.
 Na última quinta, a polícia identificou uma testemunha, Joceilson, motorista de ônibus, que teria presenciado o acidente em que Delson se envolveu.



Peritos e policiais só tiveram acesso ao local onde o corpo do fotógrafo Delson Castelo Branco estava descendo com ajuda de uma corda. O corpo estava a 15 metros de profundidade em relação ao asfalto da BR. O local é de mata fechada, de difícil acesso.
De acordo com o delegado Carlos César, a testemunha relatou que seguia em sua moto, no mesmo sentido que Delson, e viu o momento em que a vítima colidiu com uma moto, em que haviam três pessoas. O acidente teria sido por volta das 4h.

Ainda no depoimento, a testemunha afirmou que, de acordo com o delegado, como Delson estava em alta velocidade, ele pensou que o fotógrafo teria fugido e parou para socorrer as três vítimas da outra moto.

Joceilson disse à polícia que as três pessoas sequer sabiam o que havia batido neles.

A testemunha foi encontrada pela polícia após a investigação. "É normal as pessoas não procurarem a polícia quando testemunham acidente, homicídio ou latrocínio. Elas não querem se meter em confusão. Por isso que ele não nos procurou", afirmou o delegado.

O local onde o corpo foi encontrado é formado por mata. O corpo estava encoberto. Por isso não foi possível encontrá-lo facilmente.



Carlos César


A partir do depoimento, desde a última quinta policiais vasculhavam a área no entorno do local. Somente hoje, às 10h foi encontrado.

"Não temos dúvidas de que foi acidente de trânsito. Ele estava no Forró na Chácara, tinha tomado uísque e, segundo amigos, era fraco para bebida. Saiu em alta velocidade e se envolveu nesse acidente, no sentido de quem realmente iria para casa, já que ele morava no bairro Macaúba. A família foi a primeira a ser avisada", afirmou o delegado.


Também segundo Carlos César, as outras vítimas ainda não foram encontradas. A Delegacia de Trânsito não teve registro de boletim de ocorrência. A outra moto era uma Honda titan preta, com homem conduzindo e duas mulheres na garupa.

A moto de Delson tem muitas avarias. "Acho que ele morreu na queda pelo estado da moto. Mas a perícia terá condições de saber se ele ainda estava vivo ou não. O celular dele deve estar no bolso dele ainda. O corpo não foi mexido porque a perícia precisa trabalhar", disse.

Arquivo pessoal


Caso Fernanda

Durante entrevista, o delegado disse ainda que Delson conhecia a estudante Fernanda Lages, por já ter tirado fotos dela em festas. Inclusive, o fotógrafo teria relatado a um primo que já teria tido envolvimento com Fernanda.

O primo, porém, que é advogado, não acreditou na informação.

Descrédito

"Estamos passando por um momento ruim na polícia e temos que ajudar a resolver casos de repercussão. Eu não adiantei nada para a imprensa porque a polícia tem que trabalhar em silêncio e apresentar resultados. Se eu imaginasse que teria ocorrido latrocínio teria perdido tempo investigando fatos que não eram reais. Todo serviço de inteligência foi feito. Já havia sido autorizada interceptação telefônica, mas o telefone dele estava desligado. Não houve crime, foi acidente de trânsito provavelmente ocasionado pelo próprio Delson, que estava embriagado", finalizou o delegado.