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12 setembro 2012

Caso Fernanda Lages ELI ARDO diz ter prova e joga responsabilidade em Nayra

O promotor Eliardo Cabral decidiu ser enfático no caso Fernanda Lages e apontar nomes. Segundo o membro do Ministério Público, há sim indícios de que a jovem não entrou na obra sozinha e que Nayrinha, amiga de Fernanda, sabe com quem ela estava, e que estaria mantendo silêncio justamente para proteger essa pessoa, que segundo Eliardo, seria um homem.
Mesmo com as provas da Polícia Civil e as imagens de Fernanda dentro do seu carro, um Fiat Uno preto, onde ela aparece nitidamente sozinha, o promotor discorda da tese de suicídio e diz que tem elementos para provar que a jovem não foi vítima sequer de um acidente.
“De tantos elementos que contrariam a tese de acidente, apontaria uma comprovação de que a vítima não entrou sozinha. O próprio Domingos (vigia) disse no primeiro momento que viu quando a moça entrou com outra pessoa, corroborada por um vídeo de um colega seu [da TV Meio Norte], com rastros de pé de homem que teria entrado com Fernanda Lages”, disse o promotor em entrevista à TV Cidade Verde.

Nas filmagens, Fernanda aparece sozinha no carro

E o promotor foi ainda mais longe. “Nayra sabe perfeitamente quem é. Ela nega que esteve no local, mesmo havendo provas disso, porém nega, só que temos tanto prova técnica como testemunhal de que viu ela, Fernanda e um moço, que esteve de costas para o vigia, que inclusive dá descrição clara desta pessoa. Enquanto isso ela nega, mesmo diante das provas e é para proteger justamente esse moço”.
Ontem o laudo do IML assinado pelo médico Antônio Nunes, aponta que alguns ferimentos no lado direito do corpo da jovem (região do abdômen), e nos pés, teriam sido provocados ainda antes da morte. O laudo, que foi mostrado na reportagem da TV Cidade Verde por Joelson Giordane, contradiz com o de local de crime, que descartava que Fernanda tivesse sofrido algum ferimento ao longo da obra, comprovados a partir de exames de DNA, e ainda que uma outra pessoa estivesse na área da obra da Procuradoria da República, na avenida João XXIII, onde a jovem foi encontrada morta.
Seria diante destes pontos que o Ministério Público deve apresentar sua contestação, mediante a entrega do relatório da Polícia Federal. Na reportagem da TV Cidade Verde, o delegado James Guerra diz que esses não podem ser fatos analisados de forma isolada, pois fazem parte de um todo, de um inquérito que foi produzido mediante o cruzamento de dados.
180Graus.com