Segundo Miguel Fontes, coordenador do estudo e doutor em saúde pública, isso se deve ao machismo que ainda se faz presente entre a maioria dos jovens, "principalmente os homens".Isso porque pouco mais de 9% dos entrevistados concordaram oudisseram ser indiferentes ao fato de um homem agredir uma mulher porque ela não quis fazer sexo. Pouco mais de 11% dos participantes declararam pensar da mesma forma a respeito de homens que batem na parceira que o traiu.
Jolúzia Batista, socióloga do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfmea), acredita que essa geração de jovens está vivendo um avanço conservador nos últimos anos. “Nós vemos que hoje a violência surge como uma forma de colocar a mulher nos trilhos, de corrigi-la. É preciso investir em educação para mudar isso“, sugeriu.
Para chegar ao resultado final, foram entrevistados 1.208 jovens em 15 estados e no Distrito Federal. Os critérios da coleta de dados, feito em 2012, são semelhantes aos adotados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.