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A partir de 2026, o abastecimento de Fortaleza pode ser reforçado com as águas do mar. Isto será possível com a usina a ser construída para retirar os sais e tornar potável a água captada no oceano. O projeto é questionado por empresas de telecomunicações pela proximidade com os cabos submarinos que garantem internet rápida no Brasil.
Anunciada como a maior planta de dessalinização para abastecimento humano na América Latina, a usina terá capacidade para produzir mil litros por segundo. O tratamento da água vai utilizar a tecnologia de osmose reversa para retirar os sais marinhos.
A iniciativa para construir a usina é liderada pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), vinculada ao Governo do Ceará. A operação será feita por meio de parceria público-privada com o consórcio SPE Águas de Fortaleza, que venceu edital com investimento previsto de R$ 3,2 bilhões ao longo dos próximos 30 anos.
Projeto inicial da usina de dessalinização previa estrutura no fundo do mar (linha verde) próximo a cabos de fibra ótica na Praia do Futuro (linhas laranjas).
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Com a alteração, a estrutura fica a 500 metros de distância dos cabos
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Captação no fundo do mar
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Usina terá torre submersa para captar água do mar a 14 metros de profundidade — Foto: SPE Águas de Fortaleza/Reprodução
A torre de captação e as tubulações são as estruturas da usina que ficam dentro do mar da Praia do Futuro. A água será captada a pouco mais de um quilômetro da costa, com torre submersa a 14 metros de profundidade. Ela é projetada para preservar a dinâmica das correntes marítimas da região.
É essa parte que desperta a preocupação do setor de telecomunicações. As primeiras versões do projeto posicionavam as tubulações entre dois cabos de fibra ótica que conectam o Brasil e a Europa.
Conforme a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), os cabos que chegam a Fortaleza são responsáveis por 99% do tráfego de dados. E um rompimento destes cabos deixaria o país inteiro off-line ou com a internet bastante lenta.
Como detalha Neuri Freitas, presidente da Cagece, a estrutura ficaria a 40 metros de um dos cabos e a 50 metros de outro. O projeto foi alterado após pedido da Anatel e prevê, agora, distância de 567 metros de um dos cabos.
A mudança considerou a distância recomendada em orientações do Comitê Internacional de Proteção dos Cabos (ICPC, em inglês). Com isso, a Cagece afirma ser impossível que as obras e a atividade da usina danifiquem os cabos submarinos.
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As tubulações de pouco mais de um quilômetro levam a água do fundo do mar até a câmara de captação — Foto: SPE Águas de Fortaleza/Reprodução
Os vasos comunicantes levam a água até o continente sem bombeamento. Ela é recebida em uma câmara de captação e, de lá, é bombeada por cerca de 500 metros até a planta de dessalinização, que ficará a cerca de três quarteirões da praia.
CLIQUE AQUI e veja como é feito o tratamento para retirar os sais
Usina terá torre submersa para captar água do mar a 14 metros de profundidade — Foto: SPE Águas de Fortaleza/Reprodução
A torre de captação e as tubulações são as estruturas da usina que ficam dentro do mar da Praia do Futuro. A água será captada a pouco mais de um quilômetro da costa, com torre submersa a 14 metros de profundidade. Ela é projetada para preservar a dinâmica das correntes marítimas da região.
É essa parte que desperta a preocupação do setor de telecomunicações. As primeiras versões do projeto posicionavam as tubulações entre dois cabos de fibra ótica que conectam o Brasil e a Europa.
Conforme a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), os cabos que chegam a Fortaleza são responsáveis por 99% do tráfego de dados. E um rompimento destes cabos deixaria o país inteiro off-line ou com a internet bastante lenta.
Como detalha Neuri Freitas, presidente da Cagece, a estrutura ficaria a 40 metros de um dos cabos e a 50 metros de outro. O projeto foi alterado após pedido da Anatel e prevê, agora, distância de 567 metros de um dos cabos.
A mudança considerou a distância recomendada em orientações do Comitê Internacional de Proteção dos Cabos (ICPC, em inglês). Com isso, a Cagece afirma ser impossível que as obras e a atividade da usina danifiquem os cabos submarinos.
As tubulações de pouco mais de um quilômetro levam a água do fundo do mar até a câmara de captação — Foto: SPE Águas de Fortaleza/Reprodução
Os vasos comunicantes levam a água até o continente sem bombeamento. Ela é recebida em uma câmara de captação e, de lá, é bombeada por cerca de 500 metros até a planta de dessalinização, que ficará a cerca de três quarteirões da praia.
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