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06 março 2024

Espécie de peixe ajuda no combater à proliferação do mosquito da dengue, zika e a chikungunya


Em tempos de epidemia de dengue, algumas prefeituras estão usando uma espécie de peixe para combater a proliferação do mosquito. O nome dele é poecilia reticulata, mas é popularmente conhecido como barrigudinho - uma espécie de peixe que se alimenta de larvas de mosquito, inclusive as do aedes aegypti, transmissor da dengue.

Aqueles peixinhos, barrigudinhos, que eu tinha na minha casa quando eu era garoto. Aí não tem mosquito de jeito nenhum, eles comem todos os ovinhos”, conta o aposentado Luiz Alberto.

Na cidade do Rio de Janeiro, eles já são usados pela Vigilância de Saúde. Os peixes são criados em tanques e, depois, soltos em locais como piscinas abandonadas, chafarizes, tanques, espaços onde há grande quantidade de água e que podem ser focos da dengue.

O ideal é não ter água parada. Mas onde tiver grande quantidade de água acumulada e que a gente sabe que aquele problema não vai se resolver em curto período de tempo, o uso do barrigudinho é uma estratégia de sucesso que a gente vem usando de forma sistemática e regular”, afirma Rafael Pinheiro, coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental.

Além de se alimentarem de larvas de mosquitos, os peixes barrigudinhos têm uma outra característica importante: a resistência para sobreviver em ambientes com poluição, o que também facilita o uso deles nesse tipo de estratégia de combate à dengue, principalmente nas áreas urbanas.

Eles se reproduzem bastante e são pequenininhos. Então, eles conseguem transitar naqueles pequenos espaços de vegetação ou de presença de lixo e podem fazer o controle do aedes aegypti. Ou seja, se alimentar deles nos locais aonde peixes maiores não alcaçam", explica Rafael Pinheiro.

Os peixes são colocados em espaços controlados, onde não há contato com águas de rios e lagoas. Uma precaução para evitar um possível impacto ambiental.

Outros locais do Brasil também usam os barrigudinhos para combater a dengue.
Em Uberlândia, Minas Gerais, quase 600 locais já receberam os peixes. Esses pontos seguem sendo monitorados pela Embrapa, responsável pelo projeto que também acontece aqui em Parnaíba, no Piauí. O pesquisador Luiz Carlos Guilherme foi responsável por implementar a iniciativa.

Pesquisador Luiz Carlos Guilherme, da Embrapa Cocais – Foto: Divulgação
Essa ação, na década de 1930, foi utilizada em São Paulo e no Rio de Janeiro, com ênfase no combate à malária. Nós refinamos a parte de pesquisa para validação dentro do campus. O peixinho é capaz de comer até 70, 80 larvas durante o dia. Ele é mais uma ferramenta para que as pessoas e os municípios possam trabalhar melhor o controle da dengue durante o ano”, explica o pesquisador da Embrapa.


Além do mosquito da dengue o barrigudinho tambem combate a a zika e a chikungunya.

Edição- Portal terra norte