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24 abril 2024
2023 foi o ano mais quente já registrado nos últimos 100 mil anos; Europa perdeu até 10% do gelo nas montanhas dos Alpes, diz Organização Meteorológica Mundial
O derretimento das geleiras na Europa atingiu mais um patamar preocupante em 2023. De acordo com o novo relatório climático divulgado nesta segunda-feira (22) pelo observatório europeu Copernicus, em conjunto com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), os Alpes perderam cerca de 10% do volume de gelo entre 2022 e 2023.
⛰️⛰️Os Alpes são a cadeia montanhosa mais alta e extensa da Europa. As montanhas se estendem por 1.200 quilômetros e ocupam uma área de cerca de 200.00 km². A cadeia abrange oito países: França, Itália, Suíça, Alemanha, Áustria, Eslovênia, Liechtenstein e Mônaco.
A análise mostra que as altas temperaturas registradas durante o verão europeu, com recorrentes ondas de calor, tiveram um papel fundamental para a perda de gelo glaciar em todo o continente.
Além disso, boa parte da Europa teve menos dias com neve do que a média, o que contribuiu para o menor acúmulo de gelo – principalmente na Europa central e nos Alpes.
O relatório também evidencia o impacto das mudanças climáticas de maneira geral no clima europeu e na saúde da população.
Entre os principais destaques do documento estão:
Registro de temperaturas recordes na Europa ao longo do ano;
Aumento da temperatura média dos oceanos que banham o continente europeu;
Alteração do regime de chuvas e nível dos rios;
Mudança no clima da região do Ártico, com alta nas temperaturas médias continentais e oceânicas.
Confira abaixo mais detalhes sobre cada ponto do relatório.
Temperaturas recordes
O ano de 2023 foi o mais quente já registrado. E como em todo o mundo, na Europa as temperaturas também ficaram muito acima da média.
Segundo o relatório, os termômetros registraram marcas acima da média ao longo de 11 meses do ano – incluindo o mês de setembro mais quente já observado.
O documento também aponta que o ano passado teve um número recorde de dias com o chamado "estresse térmico extremo". De acordo com o observatório, há uma tendência de aumento na quantidade de dias com ao menos "forte estresse térmico" na Europa.