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26 setembro 2011

CASO FERNANDA LAGES MUDA DE RUMO

Fernanda caiu de uma altura de 29m e pode não ter lutado com agressor

Ministério Público revelou informações que desmentem a tese de que o agressor pudesse estar ferido
O promotor Eliardo Cabral desmentiu nesta segunda-feira (26) diversos rumores sobre como a estudante Fernanda Lages Veras teria sido morta. Um dos encarregados do caso, ele informou que não se trabalha com a hipótese de que houve luta corporal, não havendo marcas de defesa dela no suspeito. Isso tornaria desnecessário, por exemplo, que pessoas apontadas como suspeitos levantassem suas camisas em público para negar participação no crime. O representante do Ministério Público ainda deu detalhes técnicos sobre a morte da jovem de 19 anos, ocorrida há um mês. 

Yala Sena/Cidadeverde.com
Eliardo Cabral, promotor de Justiça

Sobre os exames encomendados para um laboratório na Paraíba, aguardados para esta semana, o promotor de Justiça negou que exista DNA nas unhas de Fernanda Lages porque a hipótese trabalhada é de que não houve luta. A estudante teria sido ferida em consequência de quedas na escada pela qual subiu para chegar até o mirante da obra da Procuradoria Regional Federal, no sexto andar do prédio. 

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Fernanda Lages caiu de uma altura de 29 metros, segundo informações da perícia repassadas pelo promotor.  Antes disso, teve de subir 12 lances de escada de madrugada, em uma área com pouca luminosidade. A investigação tenta descobrir se ela caiu ou foi empurrada. "Para chegar até o sexto andar, 12 lances de escada, nas circunstâncias que ela se encontrava depois de uma farra à noite, sozinha ela não iria até lá (...) Eu creio que a Fernanda não subiu sozinha. Uma pessoa estava na cena do crime e essa não é a pessoa que nós identificamos. Nós estamos trabalhando para identificar", declarou. 

"Não temos como afirmar que ela foi jogada. Eu creio que a pessoa não tocou a mão nela. Estamos trabalhando para chegar a pessoa que subiu com ela lá", acrescentou. 


Os laudos devem constatar se Fernanda estava embriagada ou dopada, mas já se descartou que a estudante estivesse grávida ou tenha sido violentada sexualmente, suspeitas especuladas ao longo das semanas de incertezas sobre o que havia acontecido. Nesta segunda-feira, o promotor decidiu dar entrevista com base nos dados já obtidos para tranquilizar a população. 

Eliardo Cabral afirma também que as circunstâncias do crime mostram que "ela em momento nenhum desistiu". Os indícios foram suficientes para o Ministério Público abandonar a hipótese de suicídio. "Já apuramos que tinha projetos, planos de vida e vivia intensamente. Vinte e quatro horas para ela era pouco. Se alguém dissesse que ela tinha 100 anos de vida ela diria: eu quero mais", disse o promotor. 

Fábio Lima
fabiolima@cidadeverde.com