Páginas

TRANSLATE (TRADUZIR PÁGINA)

18 fevereiro 2014

CASO FERNANDA LAGES: Autopsia psicológica de Fernanda Lages diz que ela cometeu suicídio


A Polícia Civil divulgou nesta segunda-feira (17), o resultado da autopsia psicológica da estudante de Direito, Fernanda Lages, encontrada morta no dia 25 de agosto de 2011, na Avenida João XVIII, no prédio do Ministério Público Federal (MPF).
A psiquiatra Maria da Conceição Krause, do Distrito Federal, afirmou que Fernanda Lages, tinha perdido a virgindade em outubro de 2010, ou seja, seis meses antes de morrer e depois disso ficou completamente mudada devido ao consumo excessivo de álcool. Segundo ela, a estudante estava com 1.17 miligramas de álcool no organismo no dia de sua morte.
A médica disse que qualquer pessoa com esse nível de álcool no sangue estaria embriagada, mas ela tinha tolerância ao álcool e isso permitiu que ela conduzisse o veículo até o local de sua morte.
Ela falou que dentro da alegria de Fernanda Lages tinha um impulso destrutivo, quando ela passou no Bar do Pernambuco, antes de ir para o local onde morreu estava triste e que o consumo do álcool atrapalhava sua capacidade de julgamento.
A médica Maria da Conceição, declarou que "ela era outra pessoa" seis meses antes, das seis disciplinas que ela pagava na faculdade, ficou reprovada em três por falta e duas por notas. Ela acrescentou ainda que uma testemunha viu que Fernanda Lages tentou entrar no prédio da Procuradoria da República e na hora aceitava fazer tudo, essa testemunha passou pelo teste de veracidade.
Uma outra testemunha que passou pelo mesmo teste viu a estudante entrar no prédio do MPF e afirmou que a jovem passou por ele caminhando e entrou no prédio.
Maria da Conceição disse que a jovem antes de morrer estava passando por um decadência psicossocial, com elevação de humor, deficit de atenção, satisfação imediata, e como havia perdido a virgindade há pouco tempo, aceitava ficar com qualquer homem.
"O divisor de águas: a elevação do humor, aceleração do líbido sexual e também afastamento da família", disse a psiquiatra. A médica contou que a estudante chegava da balada às 5h da manhã e acordava para trabalhar às 10h. Ela analisou se houve elevação do humor. "Devemos levar em consideração não só o potencial suicida", pontou, acrescentando que ela tinha transtorno bipolar de humor e transtornos mentais de comportamentos decorrentes do álcool.
A médica concluiu que além da intoxicação alcoólica, pode-se levar em consideração o uso de antidepressivos, já que a jovem estava depressiva. Maria da Conceição disse que muitos indivíduos familiares não se manifestam ou guardam consigo uma profunda mágoa por acreditarem que não eram amados pelo suicidados.
Segundo ela, a mente da pessoa se desagarra de tudo que ela aprendeu e laços afetivos de forma imediata.
"Tudo isso se desagarra, ela está naquele momento psicologicamente morta. Não precisa prevê ou dizer antes que vai se matar. Não existe nenhum bilhete de um suicida que use a palavra suicídio", declarou a médica.