Páginas

TRANSLATE (TRADUZIR PÁGINA)

23 fevereiro 2018

Ex-capitão PM diz não ter matado namorada e se nega a responder perguntas


O ex-capitão da Polícia Militar, Alisson Wattson, negou ter matado a estudante Camilla Abreu em seu depoimento na audiência de instrução e julgamento do Tribunal do Júri, ocorrida durante a manhã e o início da tarde desta sexta-feira (23). A fala do ex-PM contradiz a versão dada em depoimento à Polícia Civil durante as investigações do desaparecimento da estudante. Na época, o ex-capitão confessou ter matado a estudante e apontou com precisão o local onde havia ocultado o corpo de Camilla.

Juíza Maria Zilnar Coutinho. (Foto: Assis Fernandes/O Dia)
Para o pai de Camilla, Jean Carlos Abreu, a versão do ex-PM surpreendeu a família. "Ele tem o direito de falar o que ele quiser. Eles estão jogando para todo lado para tentar livrar ele", diz o pai da estudante assassinada. Segundo Jean Carlos, a tentativa da defesa de desqualificar o comportamento da estudante é uma tentativa desesperada de inocentar o ex-policial. "A defesa foi muito fraca. O que ela fez ou não, não vem ao caso, o que vem ao caso é o homicídio, a ocultação de cadáver, a fraude processual, todos os crimes que ele cometeu", enfatiza.

Família de Camilla durante audiência. (Foto: Assis Fernandes/O Dia)
Durante a audiência, Alisson Wattson alegou sofrer de distúrbios psicológicos e se recusou a responder as perguntas feitas pela magistrada, a juíza Maria Zilnar Coutinho, e pela promotoria, respondendo apenas os questionamentos feitos pelo seu advogado. De acordo com a juíza Maria Zilnar, a decisão sobre o julgamento no Tribunal do Júri deve ser proferida até o início do mês de março. "O promotor pediu uma diligência requerida pelo Ministério Público. Então, a defesa terá cinco dias para se manifestar e após isso eu irei decidir se o caso irá ou não ao Tribunal do Júri", explicou a magistrada.