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18 fevereiro 2012

Polícia já percorreu 10 endereços atrás de estuprador

Acusado é procurado e as primeiras denúncias começaram a aparecer | Foto: Reprodução / Severino Silva / Agência O Dia
Acusado é procurado e as primeiras denúncias começaram a aparecer | Foto: Reprodução / Severino Silva / Agência O Dia


Rio -  A violência sofrida pela estudante de 12 anos estuprada dentro de ônibus no Jardim Botânico, na Zona Sul, causou comoção tanto na polícia quanto na população. Desde o dia do crime, quarta-feira, investigadores da 15ª DP (Gávea) percorreram mais de 10 endereços que poderiam ser o esconderijo do suspeito, que teve retrato falado divulgado ontem. Moradores da região também se ofereceram para ajudar nas buscas, e o Disque-Denúncia (2253-1177) recebeu informações.
“Vários taxistas ligaram, dizendo que iam passar a noite tentando identificar o suspeito. Moradores da Rocinha, onde fizemos buscas, também disseram que procuraram pela comunidade. As pessoas ficaram revoltadas. Vamos atrás dele onde estiver”, disse o delegado Fábio Barucke.
Para tentar identificar o acusado, além de divulgar imagens do circuito do ônibus e cartaz de procurado, a polícia apreendeu o material escolar da vítima, que foi manuseado pelo criminoso. Os cadernos, estojo e lápis foram encaminhados ao Instituto Félix Pacheco para a coleta e identificação das digitais.
Nesta sexta-feira, a menina voltou a prestar depoimento. Acompanhada por psicólogos da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), ela deu detalhes sobre o crime. Além da violência, ela contou que também foi roubada. O criminoso a teria ameaçado com uma arma e levado brincos, dois cordões, um relógio e R$ 5. Ainda procurou mais objetos de valor na mochila dela.
O relato fez o delegado da 15ª DP alterar a tipificação do inquérito, que era estupro de vulnerável, para estupro de vulnerável e roubo.
Segundo o relato do motorista do coletivo da linha 162 (Glória-Leblon), José Tertuliano Sobrinho, o homem que atacou a menina é mulato, tem cerca de 40 anos e uma mancha negra no braço direito.
O motorista e a cobradora Ana Paula dos Santos Ribeiro Pereira ajudaram na confecção do retrato falado e disseram que só ficaram sabendo do estupro após uma passageira dizer que alguma coisa estranha aconteceu no ônibus. “Ela ficou com medo por achar que seria assalto. Logo depois, o homem também passou a mão na perna dela e fugiu, aproveitando que outra passageira fez sinal para descer”, contou o delegado Marcelo Braga, da DCAV.
A polícia sabe que, antes de embarcar no coletivo, o criminoso desceu de um microônibus que saíra da área da Rocinha. Após o crime, embarcou em ônibus da linha 546, no sentido São Conrado. A polícia já requisitou imagens.
Assustada, menina não voltou à aula
A mãe da estudante disse que a filha não voltou à escola: “Ainda está assustada”. A menina estuda em uma escola municipal e anda cerca de três quadras para pegar o ônibus para casa. “Nunca pensei que pudesse acontecer algo naquele horário, dentro de um ônibus, sem que ninguém visse. Chamá-lo (o criminoso) de animal é ofender os bichinhos. Não quero que faça o mesmo com outras”, desabafou a mãe.
A polícia chegou a levantar informações sobre outros dois casos que teriam ocorrido com meninas no Leblon, mas só um foi registrado na delegacia. No entanto, o delegado da 15ª DP, Fábio Barucke, disse que as características são diferentes.